domingo, 18 de janeiro de 2009

Tirando as diferenças, somos todos iguais.

A distância que nos separa, gera a força que nos une. Nossos universos não comungam, não se tocam. Intercambiam informações, sensações, sentimentos e momentos, porém sem haver o contato de uma essência com a outra. Solidão. Será que nunca chegarei a tocar em alguém? Nunca serei tocado? O dia que puder, me unirei a algum ou alguem ou algo. Mas aposto que vou sentir falta do meu eu. Eu incógnita, eu passageiro, eu sozinho, eu universo...

O preço de uma consciência menos simplista são algumas compreensões radicalmente desilusívas para uma mente romântica e infantilmente superficial, que costumamos ter até certa idade ou para sempre como individuos comumente iguais. Ao destruir alguns mitos, pararmos de aceitar verdades prontas e pensarmos por nossas próprias cabeças, auxiliados por diferente visões da realidade incompreensível, caimos em uma vala de solidão. Incomunicáveis. Impenetráveis somos. Já que no fundo, no que interessa, seremos sempre isolados. O que é importante é o que importa. Simples mas difícil de se entender. Momentos de plenitude são raros, mas únicos. Busco-os e acho-os. Encontro meus semelhante pela estrada, deixo meus companheiros no caminho e abraço o futuro que me abraça sem pretensões e cheio de ilusões, me enganando quando se materializa, se destruindo ao mesmo tempo. Minha juventude plena, planejada e planejante segue firme, pisando sozinha, incerta e sem saber do que será. Vivo o hoje, esqueço do passado e só penso é no futuro. Tudo errado? Veremos...

"Nada existe; mesmo se o ser existisse, então seria incognoscível; e se fosse cognoscível, então este conhecimento do ser seria incomunicável a outrem."
Górgias de Leontini

2 comentários:

Na borda do Abismo disse...

Soube que voce passou na USP ...

Parabéns ai !!!

Um abraço
Santana

Ju Rosa disse...

Complexo e imensuravelmente compreensível !!